ECG - Fundamentos científicos das mudanças climáticas

 

🌍  Texto: Fundamentos Científicos das Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas referem-se a alterações significativas e duradouras nos padrões do clima da Terra. Embora o clima do planeta sempre tenha passado por variações naturais ao longo de milhares ou milhões de anos, as mudanças observadas desde o final do século XIX estão ocorrendo de maneira mais acelerada e são, em grande parte, causadas pelas atividades humanas. A principal base científica para essa compreensão está na intensificação do efeito estufa.

O efeito estufa é um fenômeno natural que permite à Terra manter uma temperatura adequada para a vida. Gases como o dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄), óxidos de nitrogênio (N₂O) e vapor d’água retêm parte da radiação infravermelha refletida pela superfície terrestre, mantendo o planeta aquecido. Sem esse processo, a temperatura média da Terra seria de aproximadamente -18 °C, tornando a vida, como conhecemos, inviável.

O problema surge quando as atividades humanas aumentam excessivamente a concentração desses gases na atmosfera, intensificando o efeito estufa natural. Esse fenômeno é denominado aquecimento global. As principais fontes de gases de efeito estufa (GEE) são: queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), desmatamento, agricultura intensiva, criação de gado e processos industriais. Essas ações desequilibram o ciclo do carbono, liberando para a atmosfera grandes quantidades de carbono que estavam armazenadas há milhões de anos.

Estudos científicos, especialmente os realizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), demonstram com alto grau de confiabilidade que o aquecimento observado nas últimas décadas é majoritariamente causado por ações humanas. As evidências incluem o aumento das temperaturas médias globais, a elevação do nível do mar, o derretimento de geleiras e calotas polares, e a intensificação de eventos climáticos extremos como secas, enchentes, ondas de calor e furacões.

Além disso, o sistema climático possui mecanismos de retroalimentação que podem acelerar as mudanças. Por exemplo, o derretimento do gelo no Ártico reduz a capacidade de reflexão da luz solar (albedo), fazendo com que mais energia seja absorvida pela Terra, o que acelera ainda mais o aquecimento. Outro exemplo é a liberação de metano aprisionado no permafrost (solo permanentemente congelado), contribuindo com mais gases de efeito estufa na atmosfera.

As projeções para o futuro variam conforme os cenários de emissões adotados. Modelos climáticos indicam que, sem reduções significativas nas emissões, a temperatura média global pode aumentar entre 2 °C a 4,5 °C até 2100, com consequências sérias para a biodiversidade, a agricultura, a saúde humana, a disponibilidade de água e a segurança alimentar.

Embora existam ciclos naturais que influenciam o clima, como a atividade solar e o vulcanismo, esses fatores não explicam o padrão atual de aquecimento. A única explicação plausível e respaldada por dados científicos é a influência antrópica (humana). Portanto, a mitigação das mudanças climáticas requer esforços globais para reduzir emissões, conservar florestas, investir em energia limpa e promover estilos de vida sustentáveis.

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